Quando era mais nova, uma das coisas que mais queria era um cão, mas a minha mãe e a minha irmã tinham medo e, por isso, não havia possibilidade de ter um. Eu adorava animais e cheguei a um ponto em que já não me importava se tinha um cão ou um peixe, o que eu queria era ter um animal de estimação.
À medida que fui crescendo, consegui convencer a minha irmã, Margarida, de que os cães não faziam mal (o que é verdade) e começamos as duas a implorar ao meu pai por um cão. Pouco tempo depois, em Julho, o meu pai recebeu uma mensagem de um amigo a perguntar se ele não estava interessado em ter uma cadela, porque tinha uma amiga que tinha de dar a sua, uma vez que se ia divorciar, teria de mudar de casa e deixaria de ter condições para ter os seus dois labradores, a Happy e o Blog. Eu e a Margarida ficamos histéricas com a noticia! O meu pai ligou a esse amigo e nesse mesmo dia fomos a Mindelo para conhecer a Happy (tudo isto contra a vontade da minha mãe que continuava a ter imenso medo de cães).
Quando lá chegamos, ficamos completamente apaixonadas pela Happy! Tinha três anos, era muito meiguinha e bem comportada. Queríamos levá-la logo para casa, mas os meus pais ainda não estavam 100% convencidos, principalmente a minha mãe, e a Joana, a dona da Happy e do Blog, também não estava preparada para a deixar ir. A minha mãe não queria admitir, mas gostou tanto dela como nós e, por isso, durante mais ou menos um mês e meio, fomos todos os fins de semana visitá-la.
A meio de Setembro, a Joana veio trazê-la a minha casa. Estávamos todos muito entusiasmados, mas foi muito difícil ver o sofrimento da Joana ao deixá-la... Ainda me lembro do que disse à Happy antes de ir embora: "Sei que vais ser muito feliz aqui, por isso, faz jus ao teu nome e be happy".
Passaram-se cinco anos desde que temos esta cadela maravilhosa. A minha mãe e a minha irmã mudaram completamente a sua atitude para com os cães e graças a isso temos mais uma cadela, a Holly, que adotamos por iniciativa da minha mãe.
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